Professores de Canindé iniciam paralisação por tempo indeterminado a partir de quinta-feira

Os professores reivindicam salários de novembro e o cumprimento de outros direitos não atendidos pela gestão do prefeito Weldo Mariano.

MUNICÍPIO

Da Redação Amanhecer FM | 03/12/2024

Em resposta ao anúncio da prefeitura de que os salários dos professores de Canindé mais uma vez serão pagos com atraso, a categoria decidiu paralisar as atividades por tempo indeterminado. A deliberação foi tomada em assembleia virtual realizada na sexta-feira, 29/11.

No primeiro dia da greve, 5 de dezembro, os docentes de Canindé participarão de um protesto em frente ao Tribunal de Contas (TCE), juntamente com professores de outros municípios que enfrentam o mesmo problema. O ato ocorrerá às 8h. No dia seguinte, 6 de dezembro, o protesto será em frente à prefeitura de Canindé, também às 8h. Além das mobilizações previstas para os dias 5 e 6 de dezembro, os professores decidiram adotar outras medidas legais, como:

  • Entrar com um mandado de segurança para garantir o pagamento dos salários de dezembro e do 13º salário;

  • Solicitar uma audiência com o Ministério Público de Canindé;

  • Entrar com ação judicial na Justiça do Trabalho em defesa dos professores contratados, que também estão sem receber salários.

A prefeitura, administrada pelo prefeito Weldo Mariano, atrasou não apenas os salários de outubro e novembro, mas também deixou de pagar o retroativo do Piso Salarial de 2024. Além disso, a administração reduziu em 50% o valor do 13º salário dos professores aniversariantes a partir de junho de 2024.

O diretor geral do SINTESE, professor Cloverton Santos, afirmou que a paralisação só será encerrada caso a gestão municipal quite os salários de novembro. "A greve pode ser suspensa, mas depende unicamente do prefeito: ele deve pagar o que é de direito dos professores. A continuidade da paralisação está nas mãos da prefeitura", afirmou Santos. Ele ainda ressaltou que os atrasos nos salários e a falta de garantias para dezembro e 13º salário geram grande insegurança para os profissionais da educação. "Salário não é favor, é direito", finalizou o dirigente.

Com informações do site do Sintese.